29 de mai. de 2009

THE VENDOR CLIENTE RELATIONSHIP - in real world situations

Todos nós conhecemos uma ou outra pessoa assim... Não dá vontade de a mandar dar literalmente uma curva, isto para se ser muitissimo educado!?...

4 de mai. de 2009

SE FOSSE GAJA SERIA PUTA...

NOTA DE AVISO
Este post contem linguagem menos própria e algo sucestivel para determinadas pessoas



Se fosse gaja seria puta, é uma daquelas frases que nasce na boca de quase todos os homens... Não constantemente, é óbvio, mas em momentos...

Claro que pela minha também passou e não foi só uma vez, foram mesmo varias e de tal forma que decidi pensar sobre porque raio dizia eu aquilo... Será que era mesmo esse o meu desejo, ser gaja e ser puta?
Obviamente quer as coisas não podem ser colocadas desta forma tão leviana, ainda por cima porque eu sou gajo e somente como gajo eu me manifesto assim.
Acho mesmo que é um desejo escondido e bem masculino que nos leva a dizer isto.
Ser puta, se calhar, não é nada mais nada menos do que o desejo reprimido de desatar a foder todas as gajas que me aparecem á frente sem ter trabalhos demasiados, daí dizer que elas deveriam ser putas para supostamente eu ter a papinha toda feita.
Incutir nelas desejos lascivos de sexo fácil e bestialmente porco não é mais do que aquilo que eu gostaria de ser mas como homem... Mas se assim o é, porque raio não o sou eu? Ora, porque preciso de gajas assim também, senão não passaria de um punheteiro solitário, mais um, hehehehe...

Quando esta frase me ecoa na cabeça, fico sempre a pensar na minha mãe e nas irmãs que não tenho mas poderia muito bem ter e penso se realmente eu gostaria de as ver assim.
Claro que as putas não são fabricadas em frascos e lançadas na beira da estrada para se pavonearem entre os trevos amarelos e montinhos de caruma, claro que são filhas de alguém e claro que merecem o nosso respeito, assim elas sejam merecedoras dele, pois não é por baterem perna que são mais ou menos do que as outras.

Uma amiga minha dizia e com alguma razão: "Putas somos todas nós e depois há aquelas que levam na cona em pobrezinhas e as que decidem facturar com isso..." e também: "Seria uma grande estupidez haver um gajo a querer dar-me dinheiro para ter sexo comigo e eu meter na cabeça que estamos apaixonados e dar-lhe borlas e desculpas, umas atrás das outras..."
Obviamente que esta minha amiga é uma mulher de conceitos e formas de estar á parte.
Ela também costuma dizer que sofrer por antecipação não é coisa saudável, optando sempre ou quase sempre, primeiro por se divertir e depois pensar se se arrependeu ou não e aprender com isso.

Eu deixei de a criticar pois percebi que não tinha o direito de o fazer, aliás, acho mesmo que ninguém tem o direito de condenar condutas de vida de alguém que trabalha, se sustenta e cumpre com as suas obrigações sociais. Passei a observar a sua forma de estar e ver o mundo, admirei-a e ela conquistou o meu respeito.
As pessoas têm o direito de não gostar de mim e eu o direito de não gostar delas, fazem-se os grupos e os clãs sociais e todos são felizes quando se cruzam e se reconhecem como seres diferentes num percurso de vida individual que nunca em momento algum será de grupo ou social.
Encaixamos-nos aqui e ali, conforme desejos, sonhos ou mesmo vontades e tudo é sempre mutável pois as experiências que vamos adquirindo fazem a nossa cabeça mudar diariamente a forma como se vê o mundo, os outros e nós mesmos. Mas há quem pare e assim se mantenha, porque assim se encontra feliz...

Se fosse gaja seria puta, faz parte desse mundo que pode ser agora e amanhã já não... A certeza de que realmente não queremos que todas as mulheres assim o sejam, é verdade, da mesma forma que nas inúmeras verdades que existem nesta frase, também é verdade que são momentos de revolta e ressaibio que nos levam a dizer isto quando não conseguimos mudar-nos a nós. Inventar-nos em drama é uma opção possível e a frase nasce também assim.